Melhores métodos para endereçamento dos locais em um armazém geral

Introdução

O endereçamento de locais em um armazém geral é uma etapa fundamental para a organização eficiente e a rápida localização das mercadorias.

Um sistema bem planejado de endereçamento contribui para a otimização do espaço, agilidade nas operações de armazenamento e retirada, e melhor gestão dos estoques. Este post apresenta os principais métodos e as práticas recomendadas para a análise, planejamento e execução do endereçamento em armazéns gerais.

O que é o endereçamento de locais em um armazém?

Endereçamento é o processo de designar códigos únicos e padronizados para os espaços onde as mercadorias serão armazenadas, como prateleiras, corredores, blocos e posições específicas. Essa identificação facilita o controle, o rastreamento e a movimentação dos produtos dentro do armazém.

Análise para o endereçamento eficaz

• Levantamento do espaço disponível: Avaliar a planta do armazém, identificando áreas úteis, entradas, saídas e zonas de circulação.
• Perfil dos produtos: Entender as características das mercadorias armazenadas, como tamanho, peso, rotatividade, e qualquer necessidade especial (temperatura, segurança).
• Fluxo operacional: Mapear as rotas internas para recebimento, armazenagem, separação e expedição, a fim de minimizar deslocamentos.
• Capacidade de armazenamento: Definir as quantidades e volumes que cada área deve suportar, considerando a disposição dos equipamentos e sistemas.

Planejamento do sistema de endereçamento

• Escolha do modelo de endereçamento: Podem ser sequenciais, matriciais ou hierárquicos, de acordo com a complexidade do armazém e a diversidade dos produtos, deve-se pensar que o modelo do endereçamento deve ser claro até mesmo para o colaborador mais inexperiente.
• Padronização dos códigos: Utilizar formatos claros, que incluam informações sobre a localização, como corredor, nível, seção e posição.
• Uso de tecnologia: Implementar sistemas de gestão de armazéns (WMS), código de barras ou RFID para facilitar o registro e consulta dos endereços.
• Capacitação da equipe: Treinar os operadores para seguir os padrões de endereçamento e evitar erros na movimentação.

Execução do endereçamento

• Identificação física: Colocar etiquetas, placas ou sinalizações visuais nos locais conforme os códigos definidos.
• Documentação e registro: Atualizar os sistemas com os endereços atribuídos e garantir que estejam disponíveis para consulta.
• Monitoramento e ajustes: Avaliar periodicamente o sistema para corrigir falhas, otimizar rotas e adaptar-se a mudanças no mix de produtos.

Formato do endereçamento: ruas, colunas, níveis e vãos

O endereçamento detalhado geralmente envolve a identificação clara de ruas, colunas, níveis e vãos dentro do armazém. Cada um desses elementos corresponde a um componente físico do layout do espaço:

• Rua: corredor principal entre as estantes ou blocos de armazenamento. Pode ser identificado por letras (A, B, C…) ou números (1, 2, 3…).
• Coluna: sequência vertical de posições dentro da rua, marcada geralmente por números.
• Nível: altura em que o pallet ou mercadoria está armazenada, indicando a prateleira ou posição vertical no sistema.
• Vão: subdivisão da coluna onde o pallet é colocado, importante para sistemas com múltiplas posições horizontais no mesmo nível.

Por exemplo, A estrutura de endereçamento costuma seguir uma lógica hierárquica:
Zona → Corredor → Coluna → Nível → Posição
Exemplo: Z01-C05-L03-N02-P01

Essa nomenclatura facilita o entendimento rápido da localização exata da mercadoria no armazém.

Boas práticas para o endereçamento em armazéns gerais

• Priorizar a simplicidade e a clareza nos códigos para facilitar a memorização e reduzir erros.
• Focar em fluxos lógicos que acompanhem a movimentação natural dos produtos no armazém.
• Considerar a flexibilidade do sistema para acomodar mudanças futuras na operação.
• Utilizar recursos visuais, como cores e símbolos, para facilitar a identificação rápida dos locais.
• Manter a documentação sempre atualizada e acessível para todos os envolvidos.

Etiquetas de Endereçamento Logístico

Para realizar a identificação dos locais é comum a utilização de etiquetas com códigos de barras ou QRCode para leitura de equipamentos como coletores de dados.

Essas etiquetas são aplicadas diretamente nas estruturas de armazenagem (como prateleiras, racks ou pallets) e indicam o endereço físico de cada local.

• Código alfanumérico: Exemplo: A01-B02-C03 (representa corredor, nível e posição)
• Código de barras ou QR Code: Facilita leitura por coletores de dados
• Material: Papel adesivo, vinil, poliéster ou etiquetas metálicas (dependendo do ambiente)
• Cor: Pode variar para indicar zonas específicas (ex: azul para produtos refrigerados)

Placas de Identificação de Corredores e Áreas

Instaladas em locais visíveis, geralmente suspensas ou fixadas nas extremidades dos corredores.

• Placas suspensas: Indicam o número ou nome do corredor (ex: “Corredor 5”)

• Placas de zona: Identificam áreas como “Recebimento”, “Expedição”, “Picking”, “Devoluções”
• Placas de segurança: Informam restrições ou cuidados (ex: “Zona de Inflamáveis”)

Placas de Endereçamento Vertical

Fixadas nas colunas dos racks, indicam os níveis de armazenagem.

Facilitam o picking: Operadores localizam rapidamente o nível correto

Exemplo: Nível 1, Nível 2, Nível 3

Conclusão

O endereçamento dos locais é um passo estratégico para a eficiência operacional de um armazém geral. Através de uma análise detalhada, planejamento cuidadoso e execução disciplinada, as empresas conseguem melhorar a organização, reduzir custos e aumentar a produtividade. Investir em um sistema estruturado de endereçamento é fundamental para o sucesso da gestão de armazenagem.